RIO PARAGUAI

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Rio Da minha sorte!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

De tanto viver – para o Dilim , com amor

De tanto viver – para o Dilim , com amor
                                                                           Sandra Andrade

Eu gostaria de viver muito,
Poder ver da minha janela,
A minha árvore – e mesmo depois
De tantos Janeiros, vê-la vestir-se
Das mesmas Estações
E enxergá-la como se fosse
sempre o seu primeiro Outono
Ou o seu primeiro inverno...
E de tanto viver,
Sentir-me parte de suas cascas,
Seiva e galhos renovados de ninhos e asas
Em cada Primavera!
E mesmo vivendo tanto,
Ver as águas das minhas nascentes
Como se fossem sempre as mesmas águas:
  Serenas, protegidas e constantes...
Queria viver tanto,
E mesmo assim,
Não acostumada ainda de tanto viver
Não deixar de sentir os sobressaltos
De todas as cheias de janeiro
Até as últimas águas de Março...
E de tanto viver
Perder a conta,
De quantas Luas cheias vimos juntos
E quantas marés
Subiram pelos nossos sentidos
Em cada noite de luar!
E de tanto viver,
E de querer viver tanto,
Os que me amam,
Ao saberem do meu desaparecimento
Poderão acreditar – que não parti
Estou somente em estado de arborescência
Para a construção de ninhos
E meditações de luares
Que cochicham minha vida
E poesia às margens das nascentes!
                                         

Um comentário:

Maria Selma disse...

Oi Sandra venho atraves do blog do amiguinho João,e gostei muito de seu poema,já estou seguindo convido para visitar os meus,Enviei um email para você fazendo um convite ,espero que aceites,peguei seu email atrves do blog do Jõao tbém,
Aguardo sua visita e a resposta do email ,
Beijos de luz