RIO PARAGUAI

RIO PARAGUAI
Rio Da minha sorte!

terça-feira, 22 de março de 2011

SOBRE AS GUERRAS

As guerras não servem
para a minha poesia
Mas a dor dos órfãos,
das mães, dos inocentes
e a natureza violada
em suas águas e montanhas
preparam o meu pensamento
para um verso de desesperada tristeza!

As guerras não servem,
 para a minha poesia
então escrevo um poema  inútil
para desativar mísseis:
– Dói muito saber sobre meninos e meninas
que não mais acordarão!

quinta-feira, 17 de março de 2011

ENCONTRO

Uma força outonal
move meus pensamentos
para o oncontro com a poesia....
Então posso navegar
os sete mares,
comprar perfumes
e especiarias em Istambul
e até pensar numa conversão no Tibet!

No outono,
arboresço para a construção dos ninhos
_ A leveza das folhas
favorece o meu ofício de voar...

O outono, quase sempre,
me impõe o amor.
Então posso encontrá-lo
em longos dias de empalidecida ternura
cruzando a 14  de Julho,
no café de uma livraria,
no Rio Formoso em bonito
e até num pesque&pague na periferia da cidade.

sexta-feira, 11 de março de 2011

OCORRÊNCIAS

Ocorreu-me ontem,
enquanto achava
entre as páginas de um livro
uma flor ressequida
de um Ipê amarelo
_ De pensar em ti!

Pensei nos teus olhos de mar
Nas tuas mão - duas asas de anjos
na tua voz, feito marulho de rio

E ocorreu-me, também
quando vi a flor
De pensar em mim...
Então, pude ver-me,
Distante - como os camalotes
Do meu rio,
Constante em tristeza
Como as águas do teu mar...
Ocorreu-me então,
(outra vez)
Que seria melhor
não mais pensar em ti!