RIO PARAGUAI

RIO PARAGUAI
Rio Da minha sorte!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quando o céu sonha ouvindo cantigas azuis



Uma lua crescente
Num céu de maio
Observando-nos longamente
Consentiu ao meu amor
Uma noite inteira
De sonhos alinhavados
Com estrelas e beijos!

E nesse consentimento amoroso
De luz em noite outonal
Um poema descuidado e solitário,
Cochichou seu nome,
Em todo o caminho
Da Via-Láctea...
Por isso, nessa manhã que passa
O céu parece ainda dormir e sonhar
Ouvindo cantigas azuis!

sábado, 23 de julho de 2011

SONHOS E ENSAIOS DE TERNURAS


Em noites
 de repetidas luas novas
quando  só havia o ruflar de asas
e  o chiar de uma ave de rapina,
o  silêncio de janelas e pensamentos
dolorosamente  acorrentados
à  naus ancoradas
 num mar de profunda tristezas...
Eu sonhava com uma  Lua alta,
Cheia... passeando numa manhã
Sonora de pássaros
E ecos da tua voz
Que traziam uma tarde
Que já  ensaiava um verso
Onde eu pudesse
Descrever à noite,
 a ternura  e  o vigor do teu olhar!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A falta


As impressões das asas
Que ficaram no  horizonte
No final da tarde
Descorada e em silêncio agora
Não me afastam
Do abismo em que me vejo
Cada vez que penso em ti!

Essa inquietude
Que já me abandona,
O pesar de não esperar mais...
Nem mesmo o vazio
Do mar que não pude ver,
Nada, nada mais
Pode separar-me
Dessa melancolia imensa
Aonde  só chega a falta do encantamento
De não esperar mais!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

AOS AMIGOS

Faz-se necessário
Guardar os amigos
Em jardins secretos
Onde há atalhos
Em prontidão, sempre precisos
Para considerações sobre o perdão,
A saudade, a mansidão e as gentilezas
De olhares e mãos!
Faz-se necessário aos amigos
Guardar bem o encantamento
Das palavras e sentimentos 
Plenos de ternuras
Para seu uso na precisão
Em dias tristes
E em outros afetados
De dureza e solidão.
_ Hoje, faz-se necessário
Pensar os amigos
 Que já não se repetem mais
  Em nossas manhãs...
E celebrar com a sonoridade
das  estrelas os que ainda estão
em  nossos caminhos!

domingo, 10 de julho de 2011

Outra vez diante de ti


Outra vez de diante de ti,
Um esmaecimento me lembra
A alma e ao corpo
Que os deuses e oráculos
Foram precisos sobre meu asilo
Longe de ti ...

Lá recolherei,
Junto com seu desafeto,
Ninhos, estrelas, raízes, casulos de  hamadríades,
Sementes, luas azuis,
Canoridades de sabiás,
Avencas e jacarandás,
Algumas advertências dos astros sobre esse amor,
 Malmequeres e  bonsais de baobás!

O asilo, deve-se a esse afrouxamento
Nas luzes da manhã,
Ressentida pela estrada de estrelas
Em que caminho quando estou ao lado teu!