Há nessa manhã um esquecimento
Um universo todo em sombras...
Alguém apagou na lua
Os rastros desse amor!
Antes disso,
Vi o dia inclinar-se
Longamente – das montanhas ao mar...
E já faltavam as palavras para o amor
E então, num verso
Sem assombros
Vi que o amor morria
E sem sobressaltos, escrevi:
_ Agora serão desertos os dias!
E, agora sozinha,
E de tanto espreitar
O aparecimento da lua,
Dos entardeceres,
Guardo a ternura
Dos pássaros voltando aos ninhos
Já trazendo sobre as asas
As sombras da noite
_ Por onde anda o meu costume de sonhar contigo!
E das manhãs, guardo a leveza dos voos
-São os pássaros, que com pena de mim,
Enternecidos de orvalhos
Levam também todos meus sonhos!
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