Tenho dentro de mim um labirinto
Por não ter sido desertora
De todos os meus caminhos
Desisti sim, das portas,
_ Não pude fechá-las...
Por isso, tenho ao meu encalço
Minotauros empoeirados de tempo
Vampiros – convivas de penumbras poéticas
e de banquetes amorosos adiados...
Parcas e Abaporus - heranças do meu
Amor antropófago...
E eu que nunca tenho pressa:
_Tenho o costume de fazer vigílias
Nas margens pelos caminhos
Corro o risco de ser alcançada
Antes que me protejam
Faunos de intensas ternuras,
Dríades que me esperam
Sob as sombras das minhas árvores,
E até o barqueiro que cruza o rio...
Do labirinto que há milênios anda comigo
E é nele que em cada canto
eu escondo o meu amor!
2 comentários:
Nunca faria um teste a alunos perguntando o que a "autora quiz dizer", mas digo, você escreve de uma forma mágica e encantadora. Não paro de admirar sua maneira de falar dos sentimentos e das coisas do mundo.
Parabéns!
Nunca faria um teste a alunos perguntando o que a "autora quiz dizer", mas digo, você escreve de uma forma mágica e encantadora. Não paro de admirar sua maneira de falar dos sentimentos e das coisas do mundo.
Parabéns!
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