Subia a lua
Desfiando sobre a noite
Um longo e silencioso
Cetim de prata
Desconcertando assim
O fio da escuridão
Que já arrematava o dia.
E, então , a tarde
Aninhou-se de vez
Sobre as copas das árvores
Que sonhavam edifícios
Enternecidos de poesia
Enquanto eu sonhava
Com a luz guardada nos teus olhos
E com o beijo preso na tua boca!
Assim, caminhou
A lua na noite
Bebendo orvalhos e engolindo
As palavras dos versos do poeta
Que viu a lua amanhecer
Imensa de sombras, esquinas
E versos dormidos de amor e saudade!
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