A tarde caminha distraída
E para ti voam meus versos
_ Àqueles que têm a precisão
Do estio e outros,
Que submersos esperam.
É que em ti
Tenho todas as estações e paisagens
- desertos esquecidos no tempo;
E chuvas de um verão inteiro
Enoitecendo as tardes de Maio!
E assim, no outono
Depois de todas as cheias e marés,
Uma pálida manhã
Vai passando pelo dia
Carregada por asas e folhas
Para um improviso azul
Numa tarde surpreendida
Pela lembrança da tua voz!
E então escrevo versos
Nascidos de árvores desfolhadas
Num outono de saudades
Que de onde quero partir
Para um exílio ao lado teu
Numa primavera qualquer!
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