Eu envelheci,
A pedra não
A Bica d'água
Viça há trinta anos
Com musgos e avencas,
Begônias e samambaias.
O atalho é o mesmo
Renovando os guavirais.
O corpo perde o viço
E a alma sem vincos
Pensa a primavera.
E a pedra anda bonita
de musgo e tempo
Ao lado da "maria-sem-vergonha"".
O lusco fusco também é o mesmo
De luminescências, pirilampos e entes.
O corpo tem espelhos e retratos
E a alma anda pronta há milênios...
Eu envelheci, a pedra não.
AMOROSIDADES OUTONAIS E CANTIGAS AZUIS, será um lugar onde postarei meu poemas - antigos ou recentes.Criei o blog principalmente para atender pedidos de leitores. É isso aí.Vamos ver até onde chegaremos. Talvez aos vendedores de flores, ambientalistas, meninos e meninas pacificadores, amantes da natureza,da humanidade. Homens e mulherers apaixonados por poesia, por ninhos, passarinhos, filhotes, árvores, plenilúnios, luas azuis e conversas de crianças que cochicham com as estrelas .
RIO PARAGUAI

Rio Da minha sorte!
domingo, 30 de janeiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
SOBRE PAISAGENS
Ontem, achei-me amorosamente perdida
em olhar paisagens:
– Vulcões e montanhas de gelo,
deltas acometidos de Íbis,
cerrados e pantanais,
riachos mornos,
águas vigorosas e rios desesperados de areia,
dunas e oásis...
Então pensei em ti
e descobri que isso e o resto do mundo
eu encontro nos teus braços
quando estou contigo!
em olhar paisagens:
– Vulcões e montanhas de gelo,
deltas acometidos de Íbis,
cerrados e pantanais,
riachos mornos,
águas vigorosas e rios desesperados de areia,
dunas e oásis...
Então pensei em ti
e descobri que isso e o resto do mundo
eu encontro nos teus braços
quando estou contigo!
PARA A MENINA GIOVANNA , QUE ME ENSINOU A SENTIR FILHOTES
Depois que aprendi a arborescer,
compreendi também os ninhos
e acostumei-me às raízes.
Por isso, no estio, nas queimadas,
conheci a dor dos filhotes
e aprendi a doer-me também!
compreendi também os ninhos
e acostumei-me às raízes.
Por isso, no estio, nas queimadas,
conheci a dor dos filhotes
e aprendi a doer-me também!
Efemeridade
Canta o sabíá no arvoredo
Tecendo à manhã um enredo
De luz e rumores de asas.
E eu penso um beijo
Que não sei...
Penso um verso de Ronsard
A efemeridade das flores,
O tempo fugaz....Que tempo?
A dor de ser contingente..
E da manhã que passou,
veio a tarde, quente, lânguida
E flor murchou com a soalheira
– Reli o verso e pensei
no beijo que não sei...
Tecendo à manhã um enredo
De luz e rumores de asas.
E eu penso um beijo
Que não sei...
Penso um verso de Ronsard
A efemeridade das flores,
O tempo fugaz....Que tempo?
A dor de ser contingente..
E da manhã que passou,
veio a tarde, quente, lânguida
E flor murchou com a soalheira
– Reli o verso e pensei
no beijo que não sei...
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
DISFARCE
O meu amor
escolhe o disfarce de não ser...
Por isso, quando te pressinto,
passo por ti
fingindo que não me lembro do meu exílio no teu corpo!
E depois que passo por ti,
levo a tua voz, teus passos,
teu hálito, a tua canção preferida
e o olhar que não vi.
– E então espero
que este amor se consuma fingindo não existir!
escolhe o disfarce de não ser...
Por isso, quando te pressinto,
passo por ti
fingindo que não me lembro do meu exílio no teu corpo!
E depois que passo por ti,
levo a tua voz, teus passos,
teu hálito, a tua canção preferida
e o olhar que não vi.
– E então espero
que este amor se consuma fingindo não existir!
ÀS VEZES EU PENSO AZUL
Ás vezes , eu penso azul.
Às vezes, penso que é pelo outono,
pelos pássaros, pelas folhas e asas.
Noutras, penso que é por você.
Ou então, vai ver
que os poetas pensam azul...
Outro dia,
pensei uma garça azul
e conheci então
os segredos que andam na tarde...
Quando penso azul
compreendo os voos,
os lírios, os goivos,
os ninhos, a minha rendição ao lado seu
e a competência dos amantes
em vestir a tarde com beijos!
Às vezes, penso que é pelo outono,
pelos pássaros, pelas folhas e asas.
Noutras, penso que é por você.
Ou então, vai ver
que os poetas pensam azul...
Outro dia,
pensei uma garça azul
e conheci então
os segredos que andam na tarde...
Quando penso azul
compreendo os voos,
os lírios, os goivos,
os ninhos, a minha rendição ao lado seu
e a competência dos amantes
em vestir a tarde com beijos!
ARBORESCÊNCIA I
Ando pela minha terra
aprendendo árvores.
– Amanheço arborescendo,
germino no esterco...
– Sou um Angico Branco
sobrevivente das pastagens...
– Um João- de -Barro Celebra a minha arborescência
e constrói sua casa no meu pensamento!
aprendendo árvores.
– Amanheço arborescendo,
germino no esterco...
– Sou um Angico Branco
sobrevivente das pastagens...
– Um João- de -Barro Celebra a minha arborescência
e constrói sua casa no meu pensamento!
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