Eu queria um amor,
Desses, que de tão afeito
Às penumbras e romances
Cosesse com alinhavos de ternuras
Os entardeceres às noites de Lua Nova...
Um amor tão alegre
Que estendesse todas as noites
Uma lua de cetim e prata
Sobre o meu quintal, árvores e telhado...
Um amor,
Onde o cotidiano
Não devorasse os advérbios
Vigorosos de afetos e acenos de branduras...
Um amor
Onde todos os dias,
O ser amado trouxesse
Embrulhados como presente
Narcisos, cantigas azuis,
Berilos rosas, confissões amorosas de Eco
E, na sua ausência,
Na volta, trouxesse
Orvalhos amanhecidos de saudades!
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